sábado, 26 de dezembro de 2009

Libertação do cativeiro...

Libertação do cativeiro.

Liberdade?
eu quero;
e prezo sempre.
Me sinto como se estivesse acorrentada;
em um cativeiro;
com mal cheiro e ratos.
Meu coração está fincado por um objeto;
inadequado à proporção.
A minha alegria tardia foi pro chão.
Me sinto presa, sem poder fugir nem ao menos gritar;
dessa vez não posso me safar;
a escuridão se mantém forte.
não há transporte;
para me fazer sair daqui.
O que fazer?
Talvez me iludir.
Ou quem sabe partir...

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Manhã cinza...

Manhã cinza - Lanna Erthal

Queria poder levantar amanhã;
poder sentir seu cheiro nos lençóis lavados à mão.
Talvez seria essa a condição.
O destino me pregando uma outra peça;
na escuridão amedrontada e fácil da emoção.
Levo a ela só o meu coração.
Um coração aflito pelo prazer;
distribuídos entre meus traços.
A saudade reina em meu peito doído e mastigado;
Saudade até daqueles momentos dolorosos.
Mas eu não importo;
cheguei a essa conclusão.
O que eu quero realmente é levantar;
olhar pro céu cinza e cruel;
e lembrar que um dia eu te amei de verdade.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Voltará...

 Voltará
Como relatos do escuro,
vividos e nascidos do prazer,
o que me resta é pouco.
Penso no quanto fui boba;
em deixar essa paixão tomar conta do meu ser;
sem nem mesmo esperar amanhecer.
Essa noite vazia e triste;
a lua não parece feliz com essas condições.
Tudo parece um túnel submetido a trabalhos escravos;
sem dó, muito menos piedade.
Todos são más e cruéis...
Será que devo ser assim?
Ou devo continuar a mesma boba de sempre?
Aquela que luta e coloca tudo em sua frente.
Será que isso irá virar um fracasso notório?
Me lembro daqueles olhos verdes;
olhos encantadores...
Me levavam ao delírio, sem ao menos me tocar.
Tudo passou como água entre os dedos de minhas macias mãos.
Será que água volta?
Espero que volte para eu me levantar e tomar um café de manhã.
Ou quem sabe uma vodka.

(Lanna Erthal)